16 março 2007

A terceira vida de Super J. Bros

O Mundo de Bros não retrocede. O tempo, em termos, poderia se sustentar sem o time is over ou time is money. A estrelinha que ficara para trás ficara para trás. O que passou passou. Whatever will be will be. O toddy verde, que vale o risco-de-vida, que é de morte, significa uma nova vida.

O arrependimento não faz parte do conjunto dos sentimentos de J. Em verdade, o arrepender-se é ação equivocada, porque reconhecê-lo significa admitir que se fez escolha errada. Mas escolha deliberada. Afinal, ninguém se arrepende de algo a que fora coagido. Pessoas há que “não se arrependem de nada”, “fariam tudo de novo”, “reviveriam de bom grado cada momento dessa vidinha de merda”. Pessoas desse tipo nada tem de J., que se mutila como os troncos das árvores em direção à fruta, e retorce, em cada bifurcação de seus galhos, um possível e carquilhado caminho.

Acontece que J. não tem medo de nascer para ser galho podre, descalso. J. tem o Super de herói.

O medo de não ser o que se é explica modalmente o equivoco do não-arrepender-se; e o medo de ser o que se é explica empiricamente o equivoco do arrepender-se.

O Mundo de J. não retrocede, embora retorça a si mesmo a cada Start. Por isso esta vida é a terceira e última, embora J. não tenha morrido pela segunda vez. Cada vida é uma vida, se e somente se.

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