28 fevereiro 2006

Crescia. Os cabelos brancos, caídos e encaracolados. Quase falsos. De velho faltava-me forças para o insulto. Ele tomara o pó da terra e soprara-me nas narinas o sopro da vida. Então não pude respirar. O coração batia seguidamente, ininterrupto. Minhas veias cardiopatas, e os olhos de um psicopata. Pensava no pior. Pensava em cuspir para cima. Talvez acertasse o cú de Deus. (...) Não havia de qualquer árvore fruto que não se comesse. Mas já então havia bem e mal. Menos bem que mal. Deus só não era um filho da puta porque lhe carecia uma mãe.