16 agosto 2006

Margot l'enragée
Antwerpen 1563 (115 cm X 161,3 cm)

Olhem, olhem de perto: a louca Margot de Breugel. Margot é simples, o nariz avantaja-se na cara murcha, pálida e sem siso. Traz na mão a pilhagem, o caos. Os cães e os outros animais se detém uns aos outros enquanto Margot, a louca Margot, foge do olhar alheio. Olhem, safada, pilantra, gatuna, escorregando para lá e cá, levando pertences que não lhe pertencem. Corre. Atrás de Margot, um imenso olho, à frente (você entre parênteses). A bandeira nazista e onde estam o Whally, o busto de Voltaire, os alienigenas do século XVI e a cidade de Montmartre, a piranha assassina, a guerra e o surrealismo? Margot não pensa, porque pensar não é atributo de gente louca. Gente louca deveria entrar numa embarcação e záz pro marzão, mundo azul, porque de lá as estrelas são mais próximas. Margot muda de personalidade a cada segundo, tanto, tanto que a qualquer momento pode tornar-se ela mesma novamente. Margot mulher bicombustível: ama o homem, não desama a mulher, chega dele por hora. A loucura e a fome levam Margot ao cume. A saída é à esquerda.

2 comentários:

Ana Luisa Lima disse...

Margot é alteridade... Ela pode ser quem ela quiser: ignorante, piranha, bissexual.

Ana Luisa Lima disse...

Margot é alteridade... Ela pode ser quem ela quiser: ignorante, piranha, bissexual.