13 outubro 2006
Se eu fosse eu, veria a vida com outros olhos, seria autêntico, seria eu mesmo. Uma rocha. Sendo outro, pisaria em mim mesmo como se pisa numa pedra miúda. Uma grande rocha fria. Iceberg. Seria inquebrantável. Titanic. Mesmo que todo o mundo se acrescentasse a meus cascos, aguentaria firme como Átlas. Duas mãos e o sentimento do mundo. Esfarelo e quase um isto, nem um nada. Nada. Nada. De perto e longe. Nada. Se fosse outro, não apenas me destroçaria em pó e vento, mas cuspiria-me em cima, atirando-me em cima mil outras pedras. Se eu fosse eu, aproveitaria cada adversidade e cresceria a cada derrota. Mas todos sabemos que isso de crescer é psicologia barata.
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