Vamos supor. Seja meu Mundo minusculamente povoado por um homem, uma mulher e uma porta.
M¹{h, m e p}
Dos três elementos, a porta parece-nos o mais inútil, embora estável. Sem porta, contudo, saímos ou não entramos, exceto se pularmos a janela ou adentrarmos feito Papai-noel ou Lobo-mau ou Rapunzel. Tal uso de janela e chaminé é apenas parasitário em relação à porta do mesmo modo que a faca o é em relação à chave-de-fenda, ou o vibrador em relação ao ... ... Alguém poderia conjecturar “se há porta, há chão e paredes”; o que não nos parece verdade uma vez que as margens do mundo não fazem parte do mundo.
(Graças a Deus não é) Se a lógica fosse invenção de uma mulher, então a navalha de Ockham seria uma faquinha de manteiga. Ela instauraria como entidades autônomas as relações entre os elementos.
M²{h, m, p, hm, hp, mp e hmp}
Ela diria, por exemplo, que “mulher cavalgando sobre homem” = “hm” ou graficamente:
M³{h, m, p, hm, hp, mp, ph, pm, hmp, hpm, mhp, mph, phm, pmh...
Mais ainda, se Deus fosse mulher, então o mundo contaria infinitas entidades tal a extensão do raciocínio combinatório dispõe.
Obviamente, Deus não se fez mulher.
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