(final daquele que eu começara anteriormente)
Comecei por não ser nascido. Tampouco crescia. Os cabelos pardos, pregados à cabeça como se boi os lambesse. Quase verdadeiros. De proveta restava-me forças para o insulto. Ele tomara o pó da terra e esquecera de soprar-me nas narinas o sopro da vida. Então não pude respirar. O coração quieto, à espera do apito inicial, aflito. Minhas artérias apenas eram ornamento, e os olhos fechados como os de um cadáver. Pensaria no melhor, se pensasse. Se pensasse, pensaria em cuspir para cima. Talvez acertasse o cú de Deus. (...) Não havia de qualquer árvore fruto que se comesse. Mas já então havia bem e mal. Mais bem que mal. Deus era mesmo um filho de uma puta; e mimado, pois era filho único.
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