18 março 2006

Beijou-o como se ele fosse um traidor. Na testa, depois nas faces. E a recompensa não era 30 dinheiros. Não era bela, desabotoada. Sem batom, os dentes lhe escapoliriam caso sorrisse. O beijo foi como um murro de Tyson ou um poema de Rilke. Foi mais que esmola; sentimento descartado. Virou-lhe as costas por fim (recompensada, posto que sua vingança fosse a solidão seguida da saudade).

Um comentário:

Ana Luisa Lima disse...

Pelo contrário, lisonjeada.

;)