Guardava um segredo secretíssimo. Estava tão bem escondido que sequer lembrava qual era, menos ainda onde o guardara. Talvez soubesse o que fazia quando optou por esquecê-lo completamente (como aquele filme, como se chama?). As mãos, outrora seguras, tremiam como medo canino de trovão. Parecia Mohammed Ali, mas branca, quase amarela, mais rara que uma pepita de ouro maciço; branca, quase amarela, como a pedrinha trêmula entre o indicador e o polegar trêmulos. Na esquerda, a colher. Aflita. Ávida.
Depositou. A esquerda, porém, era a mão boba, encapetada. Arreceada, fazia a minúscula pedrinha repicar sobre a colher. O fogo, onde estava o maldito fogo? Não, ela não pensaria em sexo uma hora dessas. Tentava lembrar-se. Em vão.
Depositou. A esquerda, porém, era a mão boba, encapetada. Arreceada, fazia a minúscula pedrinha repicar sobre a colher. O fogo, onde estava o maldito fogo? Não, ela não pensaria em sexo uma hora dessas. Tentava lembrar-se. Em vão.
Um comentário:
Adorei.
Postar um comentário