05 abril 2006

Todo dia, o dia todo

Belo Horizonte, como se costuma dizer, é uma roça grande. O mesmo que grande roça. Está no Guinness: maior média de bares por habitantes, maior consumo litros/cerveja por pessoas. Os mesmo lugares. Os mesmos rostos fabricando as mesmas caretas. As mesmas bundas e os mesmos rostos das mesmas bundas. As mesmas bundas nos mesmos lugares onde as pessoas se sentam com a mesma bunda. Inclusive eu. Tudo parece um grande ritual - desses em que as pessoas circulam a praça do vilarejo, devagares com o andor. O santo é sempre de barro. Os dias são os mesmos, sempre 24 horas. Os mesmos garçons, que fecham o bar rigorosamente no mesmo horário. A mesma cerveja. Até o assunto é o mesmo. O banheiro, o mesmo chicletes grudado no vaso. O mesmo dinheiro. Mas a conta, a conta parece nunca ser a mesma.

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