Ela me sorriu feito robô depois de eu lhe pedir desculpas como uma mulherzinha. E depois de mais desculpas sua boca estremeceu feito boca de jacaré - feito lagartixa então. A seguir um sorriso de cachorro pregava-se em seu rosto. Por fim, ao lançar-me ao chão e pedir-lhe encarecidamente que me desculpasse uma última vez, seu sorriso despencou feito mulher quase gente posto que madura. E eu, que até então me julgava quase gente, sorri feito menino verde que era sem saber. Enchutado como cachorro na chuva que era meu pranto, ainda abanava o rabinho antes de pregar-me a um canto da parede feito lagartixa. Chorei ainda derradeiras lágrimas de jacaré debaixo dos lençois e dormi aquela noite como um robô sem pilha.
Um comentário:
O endereço e escrita do blogue mudou:
http://www.anachronikas.blogspot.com/
Beijos,
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