10 junho 2006

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A Casa. A casa era apenas abrigo. Contra intepéries. Vento, frio, chuva. Exceto calor. Deitado media 2 por 1,5 (dois demim em comprimento por um e meio demim em largura). Uma porta, janelinha lateral gradeada para evitar o ladrão. Quase não era casa, mas mantinha firmes 4 (quatro) paredes e o desconforto único.

Dentro. Nada era engraçado. Havia chão. Não havia quem o pisasse, porque parecia não haver chão. Parecia movediça ou amaldiçoada. Casa de bruxa, macumba, casa vermelha, da luzluzida, da mãe Joana.

Isso pouco importa porque mesmo não sendo uma casa havia chão. E chão é algo que só pisando.

Era casa abandonada e ninguém a percebia. Desdobrava-me e ninguém. Um e meio demim, dois... fiz das tripas o coração e a casa continuou abandonada. Completamente.