Exalava Coca-Cola. Cada dia mais negro, e não via a cor do Sol. Nem o Sol ele mesmo. Depois da coca a coca, e esbranquecia feito esquimó. Até me enjoar e me encher e decidir enfim por minha pele natural, que se esvairava transeunte em poeira pelos cantos do quarto. Se as crianças crescem e os velhos diminuem, para onde caminham os adultos senão uns contra os outros, indecisos, trombando, trepando de lá para cá.
E ando e indo. Caminhando e ventando e caindo e evaporando. Até que pó. E eu não era nem a poeira dos recantos nem o corpo nu avassalado, tampouco o encontro fútil entre a agulha e o braço, o punho e a navalha - se bem que o malandro aposentou-a para não mais se ferir.
Assim eu confesso, e de outros modos: ainda não fui adulto ou jovem. E menos necessitam as crianças e o Entendimento kantiano da Medicina paradoxal.
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